Evento
tem ampla programação no mês da Consciência Negra com 15 dias de atividades
No
ultimo sábado (10/11) iniciou o 5º Simpósio de História e Cultura
Afro-brasileira em Londrina. O evento já se tornou tradicional na cidade e vem
cada vez mais apresentando uma programação bem diversificada, que abre a
possibilidade de participação dos públicos mais diversos. O simpósio é
organizado pelo Fórum das Entidades Negras de Londrina – FENEL
A
doutora em sociologia e presidente do IPAD
Marcilene Garcia (Lena), fez o curso de abertura com o tema “África mãe:
saberes e tecnologias”. Ela trouxe a discussão da importância das contribuições
da população negra para o desenvolvimento social e econômico do Brasil “Os
povos originários de países africanos chegaram no nosso país com conhecimento
de terminadas tecnologias que foram benéficas para o crescimento e é importante
quebramos a invisibilidade dessa informação”, disse.
Entre
as tecnologias citadas destacamos o conhecimento de técnicas para extração do ouro. Na agricultura, por
exemplo, o conhecimento na produção da cana-de –açúcar, enquanto em muitos
lugares ainda utilizava-se o açúcar a partir da beterraba, outro exemplo,
trazido pelos africanos foi as técnicas do desenvolvimento da utilização do
ferro, transformando o metal em ferramenta de trabalho.
A
doutora sugeriu ainda, que os professores tenham em seus locais de trabalhos os documentos que
remetem à legislação que insere o ensino da cultura afro-brasileira e da
história da África nas escolas, facilitando o diálogo sobre a necessidade deste
trabalho. “Interessante manter materiais para fácil acesso como a própria
constituição federal, cujo artigo 5º remete a esses direitos de igualdade, o
Estatuto da Igualdade Racial, que inclusive há uma versão de bolso disponível .
Ter ainda as leis 10.639/2003 e 11.645/2008 e o Plano Nacional de Implementação
das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Etnico-raciaise para o ensino de História e Culturaafro-brasileira e Africana Esses são
documentos que devem ser consultados e divulgados”, cita.
Experiências do Estado
A
chefe do núcleo de Educação do Paraná de Londrina, Lucia Cortez, esteve
presente ao encontro e comentou que o
Estado vem trabalhando a temática por meio das equipes multidisciplinares nos
Colégios. “Acredito na relevância dessas discussões. E acredito muito na
mobilização das entidades envolvendo todos nesse processo de educação para as
relações étnico-raciais. Essas ações devem ser discutidas o tempo todo, e aos
poucos vamos avançando e mudando essa cultura de discriminação”, avalia.
Apoios e contribuições
Realizar
um evento com 15 dias de atividades não é tarefa fácil. E esse processo só foi
possível graças ao apoio dos parceiros e da contribuição da Caixa. O gerente de
atendimento da regional norte do Paraná, Luiz Gastão Pinto Junior, integrou a
mesa de abertura e comentou a satisfação da instituição de contribuir para essa
relevante temática para a sociedade brasileira “Nos 150 de atividades da Caixa,
ela sempre esteve diretamente ligada às temáticas sociais, coordenando e
apoiando projetos importantes para o país tanto com enfoque social, cultural ou
esportivo. É certo que nos 5500 municípios do Brasil, vários eventos foram
realizados com incentivo da Caixa, que está diretamente alinhada com as
necessidades da população e esperamos que isso continue por mais 150 anos, pelo
menos ou mais”, disse.
A importância do jovem
no processo de mudança
Amanda
Lima tem 16 anos e é estudante do ensino médio e integrou a mesa de abertura do
evento, dividindo espaço com lideranças do movimento social negro e
representantes das entidades públicas. A jovem que é vice-presidente do grêmio
estudantil do colégio Colégio Estadual Marcelino
Champagnat, disse
que ficou encantada com todas as informações que recebeu nas oito horas de
curso com a Dra. Lena e que pensa em transmitir essas informações aos
estudantes “Quero participar de mais encontros e poder obter maior
aprofundamento na temática”, disse a jovem.
E o encontro com a juventude
terá continuidade
Hoje
o encontro é no Colégio Estadual Carrão na cidade de Assaí. São 17mil
habitantes na cidade que fica há 50km de Londrina. A diretora de municipais da APP
SINDICATO e professora do colégio, Zélia Del Amaral disse que o Colégio integra a programação do simpósio
deste a primeira edição “Acredito que é essencial esse debate para os alunos,
para os jovens mais precisamente, podemos falar das políticas de cotas e ir
além em outras temáticas, quebrando preconceitos”, disse
A
palestra ocorre às 19h30 no Colégio
Estadual Carrão às 19h30 com o tema “Experiências a partir da Lei 10.639/2003”
UA
RIICHI TATEWAKI, 755
Bairro
CENTRO C.E.P. 86220-000 ASSAI - Paraná
Telefone (43) 32621212 Fax (43) 32621212
E
acompanhe toda programação no blog www.londrinafro.blostpot.com
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